Olá Amigos
Eu quero agradecer muito reconhecidamente a équipa do SAPO tudo o que tem feito para que seja possivel ler o que fui escrevendo até hoje, durante estes 8 anos.
Desejo ainda dizer que, mesmo com o peso dos meus 94 anos, estou com vontade de continuar.
Talvez que, ao longo deste tempo, a èquipa tenha mudado de pessoas, mas, mesmo assim continua viva, e que seja por muito anos!...
Com um grande abraço um muito abrigado.
João Cândido
Estamos em 5 de Novenbro de 2013. Como o tempo passa!
Afinal, o que sabemos, de ciência certa, é que muito antes do princípio, Deus teria criado uma particula, talvez coisa parecida com um virus que acabou por explodir. Não sei se já se saberá, ao certo, o tempo que teria demorado a explodir, mas imaginar-se-á, talvez, que ainda teriam demorado muitos milénios até que explodiu mesmo. A matéria saiu em expansão e parece que não se saberá o que as sondas nos dirão sobre a demora que cada átomo ainda terá de percorrer até parar a viagem.
Compreendo, sem esforço, que deverá ser difícil de calcular.
Desde o principio dos anos 40, do século passado, que vinha fazendo observações a olho nu, para tentar compreender os fenómenos astronómicos,
não só relativos aos astros mais afastados da Terra, como aos mais próximos. Logo no princípio dos anos 70, já com bons telescópios e também do século passado, pensei que iriam ficar desvendadas as minhas dúvidas sobre o que seriam os planetas, as suas órbitas, muito para cá das fixas estrelas que povoavam os céus, muito especialmente, as órbitas dos chamados satélites, etc, etc. , pois muita esperança me deu a noticia de que lá andariam as sondas a explorar o Júpiter e outros planetas que se lhe seguiriam.
Entretanto, deu-me uma noite para sonhar, e logo, com as sondas e o que elas nos irião revelar. E não é que sonhei que dos doze satélites do maior planeta, em vez de doze só conseguia ver dois? Foi um sonho complicado, de tal modo que comecei por ver as estrelas fixas como se fossem planetas fixos, isto é, planetas imóveis com planetas móveis a rodarem à sua volta. Claro que isso não seria novidade, pois o Giordano ao ver o espaço infinito também sonhava com planetas à volta das estrelas, ou talvez menlhor, ao ver as estrelas fixas tembém via que algumas teriam planetas a rodar à sua volta delas.
Já são horas de nos irmos deitar, pois, amanhá trei de descobrir onde a Lua nasce.
Peço-vos desculpa pela minha longa ausência.
João Cândido
Terminou o Ano de 2009 e não vi que se tivesse reconhecido que a Terra não gira, nem pode girar, à volta do Sol. Antes pelo contrário, de todo o lado me foi dito que está provado e comprovado que a Terra gira à volta do Sol.
Vou aguardar mais um tempo.
.
Afinal, é a Terra que gira à volta do Sol ou o Sol que gira à volta da Terra?
Sim, onde mora a Verdade?
Ela aqui deverá estar, nestas verdades:
É ou não é verdade:
1.º - Que a Terra é redonda e achatada, cheia de altos e baixos e coberta, na maior parte, por águas e gases?
2.º - Que a Terra roda à sua volta como um pião sereno, de 24 em 24 horas (pouco mais), formando um Eixo imaginário que é uma Linha recta que se prolonga para norte e para sul, através do espaço?
3.º - Que o Eixo da Terra passa pelo seu Centro e que, perpendicularmente, existe um plano cujo centro coincide com o Centro da Terra a que se dá o nome de Plano do Equador?
4.º - Que este Plano do Equador se projecta na Esfera Celeste descrevendo nela uma Linha que passa pelas mesmas estrelas e constelações?
5.º- Que esse Plano descreve à superficie da Terra uma Linha que é a Linha do Equador que passa pelas mesmas e conhecidas localidades?
6.º- Que o Eixo da Terra, a tal linha imaginária, passa perto da Estrela Polar, que é uma dos muitos milhões de estrelas fixas que há na Esfera Celeste?
7.º- Que sobre o Plano do Equador Celeste se cruzam várias órbitas de astros que giram à volta da Terra e que constituem o chamado Sistema Solar
8.º- Que uma dessas órbitas, a principal, é a do Sol cuja LInha descrita na Esfera Celeste se chama Eclíptica?
9.º- Que este Plano da Eclíptica se cruza com o Plano do Equador Celeste numa inclinação média de 23,5 graus?
10.º- Que o Sol, por tudo isto, descreve à volta da Terra a sua órbita em 365,25.. dias e que da sua inclinação e posição em relação ao Plano do Equador Celeste, resultam as Estações do Ano, de variações climáticas mais assentuadas na chamada Zona temperada, que compreende a faixa de 23,5 graus acima do Plano do Equador Celeste e 23,5 graus abaixo dele, no lado oposto?
Eis a primeira parte das perguntas que mostram o caminho que nos leva à Verdade se todas elas estiverem certas.
A seguir, se for permitido, outras virão em breve.
João Cândido
A PARALAXE
O que é a paralaxe?
Quando corremos por uma autoestrada fora e olhamos para os campos de um lado e do outro, vemos algumas árvores e notamos que elas vão correndo para trás, como se fossem elas que corressem para onde viemos. Fazendo comparação com alguma mais perto e reduzindo de algum modo a velocidade, temos a sensação de que as árvores mais próximas se movem mais rápidamente, tanto mais quanto mais afastadas estiverem as outras.
Mas, pondo tudo isso de parte e considerando qualquer das árvores, poderemos querer saber a que distância de nós estará uma delas, seja a mais próxima ou a mais distante, sem termos de medir essa distância na recta que nos liga, até porque, muitas vezes será impossível por se interpor algum (ou alguns), obstácuto. Isto é, desprezando mesmo a existència das outras árvores por desnecessárias ao cálculo .
Mas, será possivel que isso se possa calcular deste lado da estrada, sem dela sairmos?
1.º Coloquemo-nos num ponto que com ela forme um dos lados do ângulo recto e assinalemos esse ponto.
2.º Avancemos alguns metros ou quilómetros, quantos pudermos, e ao mesmo tempo tomando nota da distância percorrida do ponto de referência.
3.º Façamos agora um desenho com uma figura mostrando os pontos e linhas principais ou rectas. Entremos nos campos da geometria. Assim:
Antes, desenhemos um quadrado e logo a seguir outro igual com um lado comum e outro em seguimento no qual se encontre a nossa posição inicial em ligação à arvore.
1.º Façamos de conta que a distância que percorremos corresponde ao lado inferior do primeiro quadrado;
2.º E que a distância do ponto vértice do ângulo recto, naquela àrvore, cuja distância queremos calcular, corresponde ao comprimento do lado que nos separa da àrvore.
3.º Se a àrvore estivesse à distância do lado do primeiro quadrado veríamos que o ângulo com vértice no ponto mais afastado da distância que percorremos, com a linha traçada desse ponto até à àrvore formaria um ângulo de 45º;
4.º Mas, se a àrvore estivesse no fim desse lado do segundo quadrado, no vértice mais afastado, já o ângulo teria metade dos 45º, ou seja, 22,5º
5.º O ângulo de visão será inversamente proporcional à distância entre os dois pontos;
6.º Ora, este ângulo é igual ao ângulo sob o qual poderíamos ver a distância percorrida na estrada se estivéssemos posicionados junto à àrvore, isto é, o ângulo sob o qual a distância percorrida seria vista da árvore.
7.º Assim, com base neste facto e neste raciocínio, considerando substituidos estes elementos de cálculo, a árvore por um astro e o ponto de partida pelo centro da Terra, o ângulo formado desde o centro do astro ao centro da Terra e a outro ponto nela considerado ou ao centro de outro astro cuja distância seja conhecida.
Este método, embora se tivesse admitido que as estrelas, ao contrário do que parecia, não estariam todas à mesma distância da Terra fixadas ao tecto da Esfera Celeste, não podia ser aplicado dada a impossibilidade de medição do reduzido ângulo resultante das suas infinitas distâncias. Porém, só há pouco mais de cento e cinquenta anos constou ter sido possível dispor de telescópios que, segundo consta, permitem medir (ou imaginar ?) o ângulo da Paralaxe. Assim, parece que só há perto do ano 1840 o astrónomo alemão Bessel terá confirmado que as estrelas não estão todas à mesma distância da Terra.
Uma vez conhecida a orientação de determinada estrela, considerando a média da distância do Sol à Terra, parece que haverá telescópios que calculam o ângulo sobre o qual seria, vista dessa estrela.
O que leva a fazer uma certa confusão parecida com a história da pescadinha de rabo na boca, ou à confirmação de que a distância não variaria de qualquer modo, seja a Terra que está no centro ou mesmo que fosse o Sol.
De tal modo que, logo foi agarrada para servir como se pudesse ser a última prova salvadora da pretensa verdade de que é a Terra que gira à volta do Sol e não o contrário, mesmo que ela não estivesse no centro.
Por isso, é que tem parecido conveniente apresentar a figura da «paralaxe estelar» com o Sol ao Centro, em vez de ter ao centro a Terra, até a confirmar que a Estrela Polar não mudará de lugar assim tão depressa que se possa parecer a vida humana com milhares de anos.
Parece ser esta uma das curiosidades mais habilidosas e sugestivas a dar muito que pensar sobre o lugar onde se encontrará a verdadeira verdade quando se pensa nos Astros.
Espero ter sido capaz de me fazer entender.
Encontrei agora, no meio de muitos papéis, algumas fotocópias de um obra de que desconheço o nome e o autor, que há muitos anos, aí por 1948, salvo erro, me foram oferecidas por um colega amigo, o Justiniano Nunes. Sabia ele do meu gosto pela Astrologia e, principalmente, pela Astronomia e lá desencantou este material. É certo que eu não tenho sido ou nunca deixei de ser, apenas, um curioso, nestas matérias, dada a muita falta de tempo, pois sempre tive de me dedicar mais ao ganha pão.
Talvez que algum leitor, se é que os poderei ter, possa fazer alguma luz sobre o obra a que se referirão estas fotocópias e para isso, achei por bem, aqui as transcrever, pedindo desculpa, mas verão que é coisa bem valiosa, mesmo assim que me interessaria até comprar.
A primeira página, com o N.º 14, tem o título: A astronomia como ciência
A segunda, com o N.º 16, tem o título: Os Gregos antigos
A terceira, com o N.º 22, tem o título: A esfera celeste
A quarta, com o N.º 24, tem o título: O Universo heliocêntrico
A quinta e última, com o N.º 96, tem o título: A Lua
Irei começar por esta última
Afinal, o Plutão continua a existir. Só deixou de ser planeta. Que alívio!
Valha-nos isso, pois assim sempre se salva tanto trabalho já feito. Dizem-me que foi a União Internacional dos Astrónomos que resolveu o assunto. Pronto's, tudo bem e muito obrigado.
Também a mim, sempre me quiz parecer que a existência de Plutão era uma grande confusão que, tão longe, tinha algo a ver com outras muito mais velhas e que estão aqui muito mais perto de nós.
(Não sei o que se passou aqui, algo que fiz mal, que fez desaparecer o que havia já escrito, tendo de repetir. Talvez não tivesse agradado ao sapinho que está deitando os olhinhos para aqui. Até aconteceu que já havia publicado o post 14. Que raio teria sido? Algum estilhaço do Plutão?)
Vou averiguar e já voltarei, se Deus quiser.
Deixemos para mais tarde o que estava já escrito e sobre o Plutão quero agora dizer, se me é dada licença, que anteontem, 27, comprei a revista SUPER, 102, de Outubro. Esperava que viesse já dizer algo sobre «a explosão do Plutão». De facto, logo na página 4, o Sr. Director, fala-nos de "Planetas perdidos" de maneira que muito me agradou e além do Plutão até acusa a perda de Marte, da nossa vista.
Certamente que o Sr. Dr. Máximo Ferreira não deixará de nos explicar como tudo terá acontecido, uma vez que tenho referências a cálculos da sua órbita, da sua massa, do seu diâmetro, etc. etc., refiro-me, claro está, ao Plutão que se perdeu com uns 70 e tal anos, cálculos esses que costumam ser apresentados como elementos de prova científica da tal existência.
Na página 16, o Observatório tem o Lado Escuro do Universo com os seus infindáveis mistérios; na 20, fiquei sem perceber o que terá a ver Caçadores de estrelas com os Relógios de Sol. Trata de assuntos muito interessantes como aquele do factor "X", por exemplo, que não serviu para prolongar a vida do Plutão.
Vejo que não basta abrir o título, mas, neste momento, tenho de interromper. Até breve! Se Deus quiser.
Por que é que eu penso que a Terra se move no Centro do Universo visível suspensa no espaço sideral sem nada de material que a ligue a qualquer ponto material?
E, se daqui se deduz que eu quero dizer que penso que a Terra não roda à volta Sol, esta é exacta dedução, que só aqui me deixarão explicar.
Em nenhum dos outros chamados meios de comunicação social isso tem sido possível. Umas vezes por alegada falta de espaço. Não se trata aqui de falta de espaço sideral, já se vê. Outras vezes por outras sofisticadas razões. Até chega a explicar-se e a invocar-se um sacrossanto direito de escolher o mais importante ou de retirar o que se entenda por menos importante. Ou até de a demora ser tão longa que o melhor é desistir da publicação.
Antigamente havia uma Censura legislada e aplicada e, ao lado, havia uma censura livre em cada orgão segundo os seus critérios ou convicções. Assim, cada jornal tinha a sua o que não feria o direito à livre expressão. Era compreensível que uma opinião a condizer com as opiniões dos directores do Diário de Lisboa, não fosse aceite pelos da República, etc. Passámos a ter uma norma Constitucional perfeitamente clara, mas toda a censura livre passou a ser sofisticada. Na prática, voltámos, mais ou menos, ao antigamente e talvez esteja certo.
Sem querer alongar-me na história e segundo aprendi e tenho lido, começo por lembrar Aristóteles (ou outros astrólogos e astrónomos, como por exemplo, Eudoxo de Cnido), mas não sem antes, reconhecer que não vivi esses tempos.
É sabido que segundo o que ele sabia do que estava até aí estabalecido pelos cientistas e o que concluia dos seus pensamentos e observações ainda a olho nu, a Terra estava imóvel no Centro do Mundo, isto é, num ponto fixo do espaço, e todos os outros astros se moviam à sua volta sustentados por esferas de cristal concêntricas. Mas já se tendo dividido as estrelas em estrelas errantes ou planetas e estrelas fixas, estas teriam esferas próprias diferentes dentro do motor também fixo que tudo fazia mover.
Ele via a coisa assim, se não erro: Terra, Lua, Mercúrio, Vénus, Sol, Marte e por aí fora. Órbitas perfeitamente circulares como obrigavam as perfeitas esferas.
A grande maioria dos seres humanos não saberia tudo isto. Mas, havia, como era natural outras opiniões. Entretanto, outras teorias foram aparecendo à medida que se faziam melhores cálculos e melhores observações. Ecfanto de Siracusa e mais tarde Aristarco de Samos, pensaram que o Sol é que estava no Centro e que a Terra é que girava à sua volta, mas essa teoria não conseguiu mudar o Mundo.
Mas, Hiparco, II sec. a.C., considerado o maior astrónomo da Antiguidade, cujas observações de grande rigor para a época lhe permitiram catalogar perto de mil estrelas fixas, rejeitava a teoria heliocentrista, embora reconhecendo que as órbitas dos planetas não lhe pareciam circulares, resultando daí o facto de ter descoberto a lei da precessão dos equinócios
Até que Ptolomeu, depois de estudar tudo muito bem estudado, tanto quanto lhe era possível, também se resolveu a dar mais uma ajuda na astronomia. Retocando o que estava assente publicou o seu trabalho que valeu como, a final, única e sólida verdade, talvez, durante mais de uma dúzia de séculos.
A certa altura, melhor dizendo, já no século XV da nossa era, apareceu Copérnico a interessar-se por buscar a prova dessa teoria heliocentrista, o que o levou a aprender grego de tal modo que se teria tornado o maior tradutor, assim tendo podido vasculhar tudo o que teria encontrado escrito pelos filósofos e astrónomos gregos e não só. Sem o conseguir, muito à cautela, lá publicou o livro, onde lhe chamou hipótese, que fez espevitar as mentes de então. Assim, tudo parecia ficar resolvido e no seu próprio lugar trocando o Sol pela Terra ou vice-versa acompanhados dos seus satélites. Logo, foram surgindo outras opiniões, principalmente, de Tycho e de Geordano Bruno. Este, passando o Universo de finito para infinito, onde, por isso, o observador se sentiria sempre no centro, o outro, mantendo a imóvel Terra no Centro e a Lua como seu satélite, o Sol a rodar à sua volta acompanhado pelos seus satélites, Mercúrio e Vénus. Mais longe rodando Marte e cada um dos outros planetas conhecidos. Quanto às estrelas fixas, esferas e órbitas circulares tudo conforme.
É, no entanto a teoria de Tycho que me parece mais aceitável ou mais convincente e mais científica, pois resulta, de facto, das observações que na realidade minuciosamente teria realizado.
Entretanto, Galileu passa de geocentrista para heliocentrista por via do seu telescópio que lhe permitia descobrir que muita coisa não era o que até ali parecia ser e, devido a semelhanças, acaba por aderir também à hipótese de Copérnico, buscando a prova que este não conseguira encontrar, mas que também ele sentia ter de deixar aos vindouros o esforço da devida descoberta. Procurando desacreditar todos os outros, não consegue as necessárias provas, mesmo dispondo de um telescópio, para o que, aliás, nem será preciso para provar o contrário.
É então que surge Kepler, servindo-se dos estudos e observações de Tycho, ao relacionar as distâncias, descobre a leis geométricas que lhe parecem regular a forma das áreas e órbitas que passam de circulares para quase elípticas, aderindo à hipótese de Copérnico.
Assim, os heliocentristas depois da ajuda de Kepler, tomando folgo, viram em Newton a salvação da hipótese. Passaram a ter um Sol de massa tal que, atraindo tudo à sua volta, tudo teria de assim rodar, não até ao infinito, mas até algures para lá do último planeta.
Mas, consta-me que Geordano não dizia apenas que o Universo era infinito, o pior, segundo parece é que via que cada uma das estrelas pudesse ser um sol de outro mundo. Havendo um Universo replecto de outros Mundos ou Sistemas solares.
Depois de se ter absolvido Galileu, parece ser isso que os actuais astrónomos estão querendo provar, isto é, que na realidade o Universo não só será infinito como se encontra ainda em expansão.
Tem-me importado muito mais o saber se, na verdade, é a Terra que roda à volta do Sol, ou se é o Sol que gira à volta da Terra. Isto é, resolver de vez a velha questão que parecia já ter deixado de o ser, uma vez que tanto as explicações sobre as fases da Lua como das estações do ano, por exemplo, têm sido feitas, a meu ver, de modo enganoso, visto que partem sempre do princípio de que o Sol se apresenta não no centro de uma órbita circular, mas exageradamente elíptica, em que os seus dois focos estariam exageradamente afastados. Por outro lado, subtraindo às explicações e figuras outros dados importantes relativos principalmente aos dois planos, eclíptica-equador, que por si só, pôem em perigo os alicerces da hipótese de Copérnico.
Oportunamente voltarei aqui, tentando apresentar essas representações e as que entendo que seriam as correctas, logo que consiga aprender como se podem fazer e aqui apresentar. E, não só isso, como prova de que não é possível a Terra rodar à volta do Sol e qual a razão disso.
João Cândido
Revisto em 10/06/2007
12
Ontem, dia 7 deste mês de Setembro de 2006, vieram trazer-me a revista DESPERTAI! deste mês de Setembro que gosto de ler por trazer coisas úteis e interessantes.
Na página 18 apresenta-nos o que parece ser, talvez, uma fotocópia da primeira página de um pequeno livro com o título "O CONCEITO DA BÍBLIA" sobre a questão de saber-se se a ciência contradiz o relato de Gênesis, no que se refere ao tempo que teria demorado a criação dos céus e da terra e de tudo o que nesta passou a existir, isto é, se teria demorado apenas e rigorosamente 24 horas igualzinhas às de hoje ou mais algum tempo, dado o confronto de opiniões de vários quadrantes.
Depois de ler a página 19 fui consultar uma das quatro Bíblias que tenho, por acaso, comecei pela Bíblia de Estudo Almeida, que também, por acaso ou coincidência, na página 18 sobre "A criação dos céus e da terra e de tudo o que neles há" começa por dizer o seguinte: "1 No princípio, criou Deus os céus e a terra." passei ao versículo 2 e fui confrontar com outra, a tradução da versão inglesa de 1961, edição brasileira de 1967. Como já tenho notado muitas vezes, os textos não são exactamente iguais nas palavras, mas muito coincidentes no sentido, o que é compreensível.
Já tenho referido esta questão que parece ser aproveitada para implicações de vária ordem em que se procura desacreditar o que não é científico como se tivesse obrigatoriamente de o ser, quando se vê, constantemente, as contradições e incertezas dos cientístas em descrédito da ciência, como se tem visto, pelo uso abusivo da chamada «ficção científica» e de teorias ou hipóteses que chegam a ser verdadeiros atentados à inteligência.
Científico, devia ser só aquilo que já estivesse amplamente considerado como verdade absoluta e provada. De resto, tudo serão opiniões, hipóteses ou teorias. E, como é sabido de ciência certa, as opiniões poderão ser muitas, mas das duas uma, ou serão todas erradas ou só uma está certa.
Ouvi, não há muitos dias, dizer que aquele planeta chamado Plutão, que não era apresentado como ficção, afinal não existe mesmo, quando eu tenho dele muitas recordações. Os astrónomos, sem ficção, sabiam tudo sobre ele. Só ainda não sabiam é se ele tinha, ouro ou petróleo, nem se sabia se nos campos, onde a luz solar ainda chegava de tal modo que até se conseguia ver daqui, se poderia cultivar alguma variedade de droga.
Mas, sobre esta questão da criação divina, que outra como ela não poderá haver, não tenho dúvida de que, no princípio criou Deus os céus e a terra. Não me cabe na cabeça que pudesse ser de outro modo.
Sendo assim, sabe-se que o principio foi tanto o tempo que decorreu antes de começar a criar a terra, em que criou os céus, como o tempo da criação da própria terra. Dizer-se simplesmente «Deus criou os céus», quererá dizer que antes de ter criado a terra, simplesmente criou o espaço infinito com todos os astros que nele existem? Claro que não! dizem alguns entendidos que vão descobrindo cada vez mais astros como estilhaços, da tal primeira explosão que já conseguiram ver pelo tubo curvado do raio de luz talvez já muito esfumado, como se Deus tivesse sido o primeiro bombista.
Criar os céus parecerá a outros que só poderá ser entendido como criar no espaço infinito todos os gases e entidades espirituais. E, só a seguir, Deus passou a criar a terra, suspensa num sítio desse espaço e para que aí ficasse suspensa eternamente preparou o firmamento dos céus, segundo as suas próprias leis físicas.
Há quem entenda que Deus ao criar os céus terá criado todos os astros e até mesmo garanta que antes de começar o primeiro dia criativo, depois de ter criado a terra, já existiria a luz da potente luminosidade do existente Sol,
Ora a verdade é que, perante tanta escuridão em que se centrava a terra é fácil de acreditar que Deus para levar em frente os seus projectos, tenha passado a dizer: Venha a haver luz, e que tenha visto que aquela luz era boa para o que, no periodo seguinte, iria precisar. Notando-se que, não podendo ela iluminar todos os cantos, ficava havendo separação entre o iluminado e a parte que ainda ficava na escuridão o que faz admitir que a fonte luminosa não estaria muito longe da terra e que esta teria de rodar para sucessivamente expor a sua superfície à luminosidade, e â medida que ficaria exposta a essa iluminação seria dia e noite sucessivamente. Assim, à escuridão total seguiu-se a luz do primeiro dia que se contava até à manhã depois de passar pela noitinha o que revela que o dia não eram só o tempo em que havia luminosidade, mas passando pela noitinha findava na manhã, ao aparecer a luz do Sol. É certo que o homem terá depois convencionado de outro modo, sucessivamente, não só para os sítios das mesmas zonas como adequados a outras diferentes em condições de iluminação, temperatura etc. razão por que hoje de considera o dia como o periodo da meia noite até à meia noite seguinte. Na prática, sem o rigor sideral, mas ao horário estabelecido.
Logo, antes de haver o primeiro dia. E por ser o primeiro dia foi ele o começo do tempo contado, que passou a ser medido. Temos então que o tempo da criação se divide em: principio e periodo dos primeiros sete dias, pois, parece-me, que o próprio dia sétimo é o dia criado do descanso, pois passou a fazer o sétimo dia como o dia do descanso sagrado, mostrando a necessidade de se descansar no sétimo dia. às vezes chego a ficar na dúvida se ainda no início do sétimo dia ter criado Rigorosamente não se poderá saber quanto tempo, horas, dias, semanas ... teriam decorrido nos periodos do principio e isto, por não haver luz. Mas será inteligente pensar-se que Deus tivesse criado a luz do Sol, antes de criar a terra quando a Bíblia diz que Deus perante a escuridão passou a dizer: Venha a haver luz. E depois Deus viu que a luz era boa e fez separação entre a luz e a escuridão. E Deus começou a chamar luz de dia, mas à escuridão chamou de noite. E veio a ser noitinha e veio a ser manhã. Como se pode pensar que já havia Sol antes de ter criado a terra? Como se pode pensar que, sendo assim, este "venha a haver luz", seria apenas ordem para o desanuviamento devagarinho e não a criação de uma fonte luminosa algo próxima que, dependendo do movimento de rotação da terra, ocasionasse a sucessão dos dias e das noites?.
Peço desculpa, vou almoçar, já volto, se Deus quiser.
Já tomei a bica, são 15h e vou dar uma vista de olhos.
Dir-me-ão: Não pode ser, visto que ao criar, no principio, os céus isso significa que terá criado todos os astros que nele existem tal qual como os teria criado!
Como disse antes, penso que não se pode entender assim em face do versículo 2 e 3. Até há quem diga que Deus teria criado os vegetais, que necessitam de luz, quando só no quarto dia criou os luzeiros. Isto é, como se tivesse só agora, criado esses astros e não no princípio. Nada de confusão! O que a Biblia diz é que, depois do terceiro dia, Deus prosseguiu dizendo: Venha a haver luzeiros na expansão dos céus e diz para que terão de servir. Fez Deus os dois grandes luzeiros, o maior e o menor e também as estrelas. No meu modesto entender, o que isto quer dizer é que Deus terá substituído a fonte luminosa, (a luz que criara quando havia só escuridão, iniciando o primeiro dia) criando nesse quarto dia, uma muito mais poderosa e potente fonte luminosa no astro Sol, para que os outros astros pudessem receber e reflectir a sua poderosa luz pelo espaço fora de modo eficaz que evitasse a total escuridão, quando nem pudessem receber directamente a luz do Sol.
Será que os cientistas poderão afirmar e provar o contrário? Com o devido respeito, penso que não.
Mas será que Deus teria tempo de fazer tudo o que criou apenas em seis dias? Sendo Deus, até poderia ter feito tudo em muito menos. Além disso, realmente, não se pode saber ao certo quantos horas tinha cada dia da criação, nem consta que tivesse criado o relógio para medir o tamanho dos dias como hoje, com algumas dificuldades, temos. O que se sabe é que os dias eram contados pela duração da luz e da escuridão sucessiva que resultava do movimento de rotação da terra. Dizem que o tempo de rotação da Lua é um dia lunar que equivale a cerca de 27 dias terrenos! Ou será que é de translacção?
Logo, quando os cientistas astrónomos calculam que o Universo possa ter até 15 milhões de anos não estão a descobrir, o que estão é a calcular por estranhas formas ou equações cujos resultados não lhe dão a certeza absoluta da verdade que querem descobrir, sem a base seguro que é o saber qual a unidade de tempo ou de espaço, embora no final seja sempre fácil dizer-se que possa ser ou não ser assim. Isto é, pode ser que seja, mas também, o mais provável é que possa ser que não seja. Este calcular é um tanto imaginativo.
Estou a lembrar-me, por exemplo, do saudoso Plutão.
Realmente, se a Bíblia assim foi escrita há três mil e quinhentos anos (ou mais!?) por um homem chamado Moisés, tenho de reconhecer que os cientístas ainda estão a descobrir essas coisas, por ainda não terem sido inspirados por Deus. Talvez por isso, alguns sintam mais a sua falta, a ponto de o negarem.
Parece verdade que a Bíblia não nos indica como é que as leis do firmamento dos céus se definem e como são cumpridas. Talvez tenha de ser incumbência dos cientistas, especialmente dos astrónomos, esmiuçar as dúvidas com certezas. É certo que já muito fizeram alguns. Muitos se dedicarão à "ficção" e aí o campo é vastíssimo, esperando que os vindouros venham a confirmar, mesmo em parte, o que teriam só imaginado, como se o tivessem feito antes do tempo. E, assim se irá progredindo! Se imaginar tem valor, descobrir é favor.
Também tenho pensado nisso e tenho as minhas opiniões.
Habituados desde recentes datas e convencidos de que a terra não pode viver sem o Sol, não por ser ele que a ilumina, mas por ser ela que lhe arrasta a asa, não se pode pensar de outro modo, eu sei. E o Sol, que uns teimavam que estava no Centro, já deixou de estar. É à volta do Sol que ela gira, porque é ele que a atrai, nem que seja preciso aumentar-lhe a massa, o diâmetron ou reduzir-lhe a distância.
Mas, que poderemos ver e vemos mesmo a olho nu? E isto vê-se a olho nu. É só uma questão de não se querer fechar os olhos.
1 - "No principio, Deus criou os céus e a terra" Está tudo dito, sinteticamente concentrado! É natural que se deseje saber tudo o que esta frase encerra. A curiosidade humana é institiva. Teremos de tentar decifrar. Desde o início daquele principio até ao seu fim só a tarefa de criar os céus, tanto poderia demorar vários periodos de tempo de reduzidos dias (ainda nem se podiam contar os dias!) ou mais numerosos, como apenas uns segundos.
Mas, essa curiosidade não se fecha nem para. Como criança que recebe um brinquedo, quer saber como aquilo é feito e o desventra; esta que continuamos a ser, quer saber exactamente o que fez e como o teria feito. A terra conhecemos ou podemos em grande parte já conhecer, mas mesmo assim, é muito pouco.
Primeiro, ela tem movimento de rotação e aí ela mostra que não se desloca do mesmo sítio do espaço para outro, pelo menos, sem que tenham de decorrer longos milénios. O seu movimento de rotação cria um Eixo bastante fixo o que significa que o seu Centro ocupa um determinado ponto do Universo visível, isto é, definido pelo tecto da Abóbada Celeste, por sinal bem recheada de coordenadas longamente estáveis. Assim, ele liga o Polo Norte Celeste ao Polo Sul Celeste. Pontos da Abóbada Celeste que não mudam de lugar! Como saberá a Estrela Polar não está precisamente no Polo Norte Celeste, mas perto dele. Se apontar o seu telescópio, mesmo que seja de olho nu, precisamente para a Estrela Polar ao principio da noite e aí o deixar fixo durante umas seis horas, verá que a Estrela lhe fugiu descrevendo uma pequena curva, justamente à volta do Polo Norte. Vá repetindo todos as noites, sempre que ela for visível e verá que o Eixo da Terra não muda de lugar. Mas se substituir esse telescópio por outro que lhe permita observar o que faz a Estrela Polar durante o dia, então vá corrigindo a pontaria de modo que o Polo Norte fique precisamente no centro da pequena circunferência que a Estrela Polar perecerá percorrer. Confirme sempre que possa que o Polo Norte Celeste se manterá onde está.
Se ao mesmo tempo se estiver a fazer idêntica observação no Polo Sul Celeste o Eixo estará sempre a passar por esse mesmo ponto, que não é assim tão imaginário.
Se alguém ao longo do Equador Terrestre observar uma estrela cuja zenite esteja no Equador Celeste, verificará que ela passara por lá todos os dias. Verificará, entenda-se como ver a maior parte do tempo e concluir que assim seja, visto que as estrelas só poderão ser realmente vistas quando estivermos mergulhados na noite, isto é, em oposição ao Sol.
Que mais se precisa para entender que a Terra não se desloca de um lado para o outro? Isto é, que se encontra a mover-se em rotação no Centro do Universo visível (daqui, claro está!) suspensa no espaço sideral sem nada de material que a ligue a qualquer ponto material? Claro, que o que rigorosamente se passa pode não ser perceptível no curto espaço de tempo de observação de um ano. E, porquê?
Porque está ela no Centro do Universo visível e suspensa ... ?
A este 12, seguir-se-á, se Deus quiser, o 13!
João Cândido
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