Terça-feira, 27 de Junho de 2006

4 - Os baricentros

Os Baricentros são muitos, como os chapéus, no tempo do saudoso Vasco Santana. Há para todos os gostos, segundo as suas forças. Dizem que é o centro de gravidade. Fala-se agora muito nestes centros, tanto que às vezes, cada um, nem parece um centro, mas uma linha descrita por um centro que se move.

Já me falaram no baricentro de uma cadeira, que eu conhecia só por centro de gravidade. O centro de gravidade de um automóvel, que os construtores de autoestradas parece que desconhecem. Enfim, às vezes não sei bem se será o ponto de encontro entre dois corpos que se atraem, ou se será o ponto, entre eles, em que as suas forças de atracção se igualam; se será o ponto central de um corpo, ou ponto Zero.

Mas, quando se fala de astros a coisa complica-se um pouco. Nunca me lembrei de estudar estes centros, ou baricentros, mas estou a achar muita graça. Disseram-me, não há muito tempo, que havia um muito pertinho do Sol e, se bem entendi, que era ele que atraía a Terra, razão  pela qual me diziam que "Na realidade, nem a Terra roda à volta do Sol, nem o Sol roda à vola da Terra": Em parte, fiquei todo satisfeito, pensando que me estava a ser dada razão, mas deve ter sido por outra qualquer razão. Vou aguardar que abram o privilégio para fazer mais perguntas. Já vai para dois meses que está fechado, mas tem prometido que abrirá no fim do mês. Talvez seja no fim deste.   Depois voltarei a este artigo, logo que possa, para lhe dar mais um empurrãozinho.

 João Cândido

publicado por Clube bolsadoslotos às 22:29
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3 - Astronómica teimosia

 

 

Tendo em conta os factos históricos e as circunstâncias actuais da Astronomia, vejo-me na necessidade de pedir aos leitores que se dignem reconhecer-me o direito à livre expressão do pensamento e da sua divulgação, manifestando o meu devido respeito pelo igual direito de quem tenha outras opiniões, seja qual for a sua categoria intelectual.

Estudando e observando os céus a olho nu durante dez anos, desde 1942 que vinha dizendo: "Tudo me leva a crer que a Terra não roda à volta do Sol"

Comprando um telescópio e continuando a estudar e a observar os céus, passei a dizer, desde 1990: "Continuo a pensar que a Terra se move no Centro do Universo visível, suspensa no espaço sideral, sem nada de material que a ligue a qualquer ponto material"

Continuando a pensar, agora digo: "Mesmo a olho nu, teimar que a Terra gira em torno do Sol parece-me que tem sido um verdadeiro atentado à inteligência"

Aquele mesmo receio que Copérnico confessou ter, sendo ele quem era, terei de o ter, a partir de agora?

Dizem que já não existe censura, mas a certeza maior que tenho é que há muito deixou de existir aquela instituição a que Galileu, então com 68 anos, se teve de apresentar para justificar o seu trabalho em defesa da histórica hipótese de Copérnico, que lhe terá incutido a inabalável convicção de que era, aquela teoria, entre todas as conhecidas, a única verdade.                                                 

E foi o seu prestígio de matemático, de filósofo e de brilhante intelectual, tudo reforçado pelo seu caso, que lhe teria valido o maior crédito, embora tendo deixado aos vindouros a busca da prova da tal teoria que já vinha de Aristarco de Samos, já tão incansavelmente rebuscada antes por Copérnico, mas que a tábua de salvação que via nas semelhanças que o seu telescópio oferecia se mostrava, nesse caso, algo frágil. Assim, outras foram aparecendo logo tomadas em seu auxílio: as leis de Kepler, as de Newton e, finalmente, as de Einstein.

Mas, a sua reconhecida avançada idade, de 68 anos, que tanto foi buscada em sua defesa, só se poderá comparar com a minha, de 86, por ser inversa na ordem dos algarismos.

Não tenho dúvidas de que vivo rodeado de ilustres homens de ciência que são reconhecidamente heliocentristas, que mostram nenhumas dúvidas de que é a Terra que roda à volta do Sol e não o contrário. Não sei se poderão apresentar alguma ou algumas provas, mas penso que talvez se sintam desejosos de que apresente as minhas. Isto é, as provas de que "a Terra não roda à volta do Sol, mas que se move no Centro do Universo visível, suspensa no espaço sideral..."

Se me for permitido, terei o maior gosto e a melhor vontade de o fazer.

João Cândido

publicado por Clube bolsadoslotos às 19:32
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Quinta-feira, 22 de Junho de 2006

2 - Antigamente

2 - Antigamente

 

 

Antigamente quando a  humanidade já teria passado do tempo da pedra lascada, mas ainda havia muitas pequenas guerras, os homens não tinham muito que fazer e alguns não sabiam viver sem ser à custa de outros, dos que trabalhavam, por isso os obrigavam a pagar impostos e os roubavam ou mandavam que outros o fizessem. 

Embora seja digno de recordação, não se pode referir tudo do que foi o esforço de muitos homens de boa vontade, desejosos de tudo fazerem para o bem da humanidade até se atingirem algumas centenas de séculos a.C.

Dizem que aí por 300 e tal séculos a.C. já havia quem se entretesse a vasculhar o tecto da Esfera Celeste e a decifrar os seus segredos. Mas, interessando-se também por saber e compreender o que se passava na Terra, como nos maiores luzeiros que os iam alumiando. Não sei se pensariam que todos eles seriam o reflexo da potente e milagrosa luz solar, como só viam o que acontecia com o luzeiro menor, ou seja com a Lua. Se a Lua era o luzeiro menor, sendo a sua luz reflexo da luz do luzeiro maior, por que não o haveria de ser a dos outros, que pela sua pequenez se chamavam estrelas?  Boa pergunta!

O certo é que foram depois descobrindo que entre os luzeiros menores havia alguns que mudavam de sítio ou do lugar que ocupavam no tecto da esfera celeste. Então foram concluindo que nem todos os luzeiros menores estavam encrustados ao tecto como parecia, pois uns estavam fixos e outros, mais ou menos depressa se moviam mudando de lugar, a que chamaram estrelas errantes e mais tarde planetas.

João Cândido  

 

 

publicado por Clube bolsadoslotos às 17:03
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Terça-feira, 20 de Junho de 2006

1 - Os céus e a Terra

 Os primeiros tempos

Começa por dizer a Bíblia que no principio Deus criou os céus e a terra. A terra estava mergulhada na escuridão. Deus criou a luz e naquele momento começou o primeiro dia, a contagem do tempo. A luz estava fixa, aqui mais perto, tudo leva a crer que sim, mas a Terra ia rodando à volta de si própria para haver sucessão dos dias e das noites. No segundo dia tratou de separar as águas que estavam por cima das que estavam por baixo, ficando entre elas o firmamento. Não tenho aqui a Bíblia, estou a escrever de cor. Se bem me lembro do que li, no terceiro dia criou o reino vegetal; no quarto dia, certamente para melhorar a vida das plantas e preparar a criação seguinte, criou os luzeiros. O maior, o Sol, para dominar o dia ao redor da Terra, o menor, a Lua, para dominar a noite e criou também os luzeiros mais distantes e reduzidos, as estrelas. Isto é, logo ficou definido para que iriam servir, incluindo determinar as estações do ano, os sinais dos tempos, etc. Seguiu-se o quinto dia. Começou a criar os animais marinhos e as aves, que já dispunham de olhos para verem o que a luz iluminava. No sexto dia, passou a criar mais animais e por fim criou o homem à sua imagem e semelhança, macho e femea oa criou. Em cada continente segundo a sua raça, etnia, etc. Tudo foi criando cada vez mais aperfeiçoado como é natural. Não importa agora saber exactamente e em pormenor o que terá acontecido, mas preparou um jardim/pomar onde colocou o, ou um, dos homens para tratar daquele paraiso. Parece que só depois de colocar no Eden o homem que se chamou Adão é que se terá lembrado de lhe criar uma ajudante, esta não do pó, mas de uma costela do próprio Adão. Também aqui estão os cientistas muito preocupados para desvendar se terá feito o Adão com uma costela a menos ou mais, para lhe, a Deus, apontarem mais outra imperfeição. Mas acho que é perder tempo, pois está visto que o homem que fez à sua imagem e semelhança tem mostrado bem,  ao longo de todos os tempos, as suas grandes e muitas imperfeições.   

Foram-se sucedendo os dias, as semanas, os meses, os anos e por aí fora. Ismiuçar o que foi acontecendo e como foi isso, não tem agora muito interesse. Os cientístas, os astrónomos etc. parece que estão cuidando de desvendar rapidamente tudo isso como é sua obrigação, pois segundo ouvi dizer aos meus mestres, não lhes compete criar nada mas sim descobrir. Realmente os homens estão sempre a descobrir coisas. Ás vezes umas coisas levam mais tempo a descobrir do que outras, mas como o tempo não acaba ao mesmo tempo para cada um, vai sempre ficando alguém para continuar a descobrir que aquilo que foi descoberto ainda está muito ou mal tapado e voltam a descobrir de outro lado que, afinal, tudo às vezes é ou parece diferente. E às vezes bem ao contrário. É o que vale para se irem descobrindo cada vez mais cientistas, astrónomos, etc. e por aí fora, na certeza de que só Deus sabe tudo. 

Consta-me que já chegaram a decifrar como teria Deus começado a criar os céus. Espreitando pelo canudo de um raio de luz vinda de muito longe, se não me engano, ouvi dizer que já conseguiram  ver no fundo do túnel uma explosão. Mas, ainda estão a discutir, acaloradamente, que raio de coisa teria explodido se antes de haver qualquer coisa não havia ainda coisa nenhuma. De qualquer modo eu acho que eles vão chegar lá, sem demora, servindo-se da alta tecnologia da globalização.

Bem mas, voltemos mais uns séculos para diante. Consta que os homens e mulheres foram-se multiplicando mais ou menos lentamente, sem pecado, é preciso ter em conta que a má língua dá má interpretação ao pecado e alguns deles por várias razões e motivos começaram a reparar nos movimentos e variadas posições que os pontos luminosos que viam no tecto do mundo iam tendo. Com o decorrer dos tempos cada um foi observando o que se passava, uns mais do que outros.

Foram reparando que Deus lhes tinha dado vista para verem. De tal modo apreciaram que ficaram conscientes de que a vista tinha a faculdade de lhes dar a conhecer a existência não só de cada um deles, como a dos objectos e coisas à sua volta, dando-lhe a noção das distâncias, não só a que se encontravam mas também das distancias entre eles; as cores, o tamanho, as formas, etc. Começaram a reparar também que a determinada distância iam perdendo a noção dessas faculdades e que os corpos iam ficando redondos e parecendo ficar todos à mesma distância a ponto de parecer que se projectavam num tecto longíquo a que chamaram abóbada ou esfera celeste, como se estivessem posicionados no seu centro, uma vez que tal acontecia para qualquer lado para onde se voltassem.

Chamou-lhes a atenção o facto de acontecerem coisas quando o Sol, a Lua, os planetas  e as estrelas tinham  determinadas posições relacionando-as com o que acontecia ou não aos vegetais, animais e até aos humanos. Se fazia vento, chovia, trovejava, fazia frio ou calor, etc. etc. Assim, a traços largos, passaram a chamar-se astrólogos. E, como os astrólogos não eram todos iguais, os mais sabedores começaram a destacar-se dos outros empregando cálculos matemáticos, servindo-se de aparelhos, etc. Para se destinguirem passaram a chamar-se de astrónomos, pertencentes a uma outra classe superior, considerando-se cientistas e aos outros charlatães.

 João Cândido 

 

 

 

 

 

 

 

 

        

 

  

publicado por Clube bolsadoslotos às 21:26
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